segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Orquestra Verbus: Um sonho inesquecível.

Hoje me bateu, não sei, nostalgia, saudade, sentimentos inexplicáveis que me remetem a vivenciar momentos já vivenciados.
É como se ao fechar os olhos, eu estivesse ali novamente, embalada por sons vindos do coração, entre uma multidão tão diversa e com um só propósito, deixar que todos os sentimentos, a vida, todas as angústias, tudo, fosse exposto através de notas emitidas não ao vento, más diretamente ao coração de Deus. 
Sim, era divino, era sublime, a mais linda de todas as melodias. Era o pulsar, era o sonho, era a vida, era tudo. E qualquer outra melodia não faria mais sentido algum.
E eu continuei aqui, de olhos cerrados, para que nada pudesse me roubar aquele momento.
Eu me procurei, eu me encontrei, e pude contemplar o sorriso que se estendia sobre meus lábios.
Já não sei se era real ou irreal, estava emaranhada entre o delírio e a lucidez.
Sentimento trazido pela ausência, pela ausência dessa melodia que move o meu viver.
Ouve-se então um barulho, algo que ao longe me interrompia, más eu não queria ir, não agora, nem nunca mais. Eu implorava para continuar. O acorde maior subia, o acorde menor caía,  é como se agora, me faltasse o ar, a essência do meu próprio eu, e eu me afastava cada vez mais de mim mesma e por mais que tentasse, o exterior era mais forte. A melodia então sessou, e eu ainda pude ver uma lágrima descer sobre minha face.
Abri os olhos, deixei que eles se acostumassem aos poucos à realidade, era mesmo um sonho.
E eu ainda desapontada, senti a pontada que prontamente me lembrou, que em mim havia algo que fora mudado e eu me tornara eternamente adorador.
Essa certeza me conforta e me traz a melodia, sim, aquela melodia, que dentro de 
mim, jamais será esquecida.